A Criação das Essências Florais ZED - 3
Florais ZED

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A Criação das Essências Florais ZED - 3

Florais ZED

O QUE SÃO OS FLORAIS ZED - A Criação de Essências Florais ZED - 3 (Francisco Godinho - 04/11/2006)

As essências florais são energia pura que a Fonte da Vida põe ao serviço do homem.
Florais ZED são a mágica energia das flores a zelar pela sua Saúde e bem-estar.

Sendo as excepções aparentemente mais interessantes que a regra, iremos aqui reportar apenas algumas das ocasiões em que, no nosso entender, a fase da colheita de flores se revestiu de um carácter mais curioso ou eventualmente extraordinário.

 

Nota: Os produtos, técnicas, terapias e informações deste sítio não substituem a consulta do seu médico ou especialista!

UM IMPULSO IRRESISTÍVEL

UM IMPULSO IRRESISTÍVEL

Estávamos nós, no final da tarde do dia 23 de Março de 2001, uma 6ª feira aparentemente igual a tantas outras, debruçados sobre o computador, dedilhando o teclado, enquanto arquitectávamos uma nova rotina para um dos projectos de software[1] em que andávamos no momento envolvidos, quando ocorreu algo que, em menos de um ano, iria acabar por transformar definitivamente todo o curso que a nossa vida anteriormente levara. De súbito, sentimos uma força estranha que nos obrigou a erguer da cadeira onde nos encontrávamos.

Tratava-se de algo superior às nossas forças, algo que parecia ignorar a forte resistência com que nos opúnhamos a tal movimento. Rendemo-nos e, surpreendentemente, sem que experimentássemos qualquer apreensão, deixámo-nos conduzir, quase como autómatos. Descemos o elevador, entrámos no automóvel e dirigimo-nos 'em piloto automático' até onde essa força nos levava, acabando por ir estacionar à porta da habitação daqueles que eram nessa altura os nossos sogros. Tratava-se duma vivenda geminada rodeada por canteiros onde começavam a florir várias plantas, às quais jamais déramos grande importância, se bem que inúmeras vezes, ao longo de mais de vinte anos, tivéssemos regado cada uma das várias dezenas de espécies que compunham aquele jardim.

Deixámo-nos conduzir até uma trepadeira situada no cimo da rampa que conduzia à garagem e cujos ramos se apoiavam sobre uma espécie de rede quase horizontal criada com arames cruzados. Dali pendiam os ramos mais compridos, ao longo dos quais vimos umas flores que naquele momento achámos realmente muito bonitas, diríamos mesmo deslumbrantes. Eram elas as que mais nos atraíam.

Foi enquanto admirávamos aquelas flores dum tom laranja avermelhado que contrastava com um amarelo límpido que nos aflorou a recordação de umas quantas meditações em que nos ocorrera inicialmente nitidamente a palavra 'florais' ou então 'essências florais'.

Lanterna Chinesa
Figura 1 – A flor da 'Lanterna Chinesa'.

Eram sons de vozes humanas, ou então letras que conseguíamos ler com facilidade enquanto iam viajando aleatória e lentamente pelo espaço, vazio de formas distintas mas pleno de cores luminosas, que se desenrolava à nossa frente. Posteriormente, começara a tomar forma algo bem mais concreto: imagens em que, num fundo escuro, uma tina transparente, meio cheia de água, presumivelmente, onde flutuavam algumas flores, era aquecida por uma pequena lamparina constituída por uma simples vela. Tal tipo de visão tinha-se repetido com maior nitidez umas três vezes, em meditações distintas[2], mas sempre com grande semelhança entre umas e outras.

Pensámos ter percebido a mensagem, se é que duma mensagem se tratava. Então, abrimos a porta da casa, dirigimo-nos à cozinha, procurámos algo que se assemelhasse a uma tina e que suportasse a chama. Encontrámos uma espécie de caçarola esmaltada, onde despejámos água retirada dum garrafão[3] e, munidos duma tesoura encontrada junto da máquina da costura, dispusemo-nos a colher pouco mais de uma dúzia daquelas flores, directamente para aquele recipiente. De regresso à cozinha, escolhemos o bico mais pequeno do fogão, que acendemos e sobre o qual colocámos a caçarola, e preparámo-nos para aguardar. Foi então que mais uma reminiscência estranha nos levou a procurar uma rolha de cortiça onde espetámos uma agulha que tinha preso um pouco de linha.

Percebêramos intuitivamente que aquele pêndulo improvisado iria servir para determinar qual a altura exacta em que se deveria desligar o lume, que se mantinha tão baixo quanto nos era possível. Assim se veio a concretizar, uma vez que, ao colocarmos o 'pêndulo' sobre a caçarola, ele começara por rodar no sentido anti-horário, minutos depois ficara estático e finalmente, rodara no sentido horário[4]. Apenas havíamos pedido mentalmente, ou melhor, manifestáramos a intenção de sermos avisados de qual a ocasião propícia para desligar a chama e interpretámos aquela como a resposta decisiva. Desligado o bico do fogão, deixámos esfriar o líquido, que entretanto tinha adquirido uma coloração amarelo viva e por fim despejámos parte dele para uma das garrafas que o, nessa altura, nosso sogro usava para engarrafar vinho. Sentimos necessidade de acrescentar algum álcool pois suspeitávamos que aquela água se deterioraria facilmente e a nossa busca permitiu encontrar uma garrafa de aguardente, com cujo líquido acabámos de encher a garrafa, rolhando-a de seguida. Agitámo-la fortemente enquanto contávamos até duzentos e cinquenta e por fim, demos a tarefa por concluída. Uma vez em casa, resolvemos arrumar a garrafa num armário, onde ficou protegida da luz solar.

Não sabendo de que planta se tratava, resolvemos levar algumas das flores e folhas para casa, onde recolhemos a sua imagem (Figura 1) com o scanner[5]. Mais tarde trataríamos de reconhecer com exactidão qual a sua espécie, mas enquanto essa ocasião não chegasse, decerto nos seria útil alguma forma de identificação. E, para alguém tão ligado aos computadores e aos números, quanto nós, que mais seria de esperar que um código alfanumérico? Assim, essa primeira essência floral preparada por nós, antes de qualquer nome, recebeu o código de referência ZD01[6].

As características metódicas de que várias das nossas profissões nos tinham feito dotar, levaram a que tivéssemos anotado criteriosamente num papelinho a hora da colheita das flores, a hora a que colocáramos a caçarola ao lume e a hora a que posteriormente desligáramos a chama[7].

Sabíamos com segurança plena que tínhamos acabado de criar o nosso primeiro floral e estávamos absolutamente certos de que não iria ser o último e o sentimento que então nos acometeu, se bem que indescritível, era um misto de regozijo e de gratidão.

De facto, a este episódio, que bem poderia ter sido solitário, seguiu-se o nosso período mais profícuo da produção de florais. No início, não fazíamos ainda uma ideia muito precisa de qual a utilidade de todos aqueles frascos cheios de uma espécie de infusão misturada com aguardente, mas nessa altura, tal não nos preocupava grandemente.

Uns meses depois, foi por nós identificada a espécie floral que estivera na origem dessa primeira essência: Abutilon megapotamicum, planta meio trepadeira meio arbustiva mais conhecida como Abutilão, ou Abutilo, da família das Malvaceae, cujos ramos rectilíneos chegam a atingir os três metros, cultivada sobretudo pela beleza das suas flores, que aparecem entre Março e Outubro. Face à grande semelhança que encontrámos entre essa flor e as tradicionais lanternas chinesas, construídas com varetas de bambu revestidas a papel de seda, atribuímos ao floral o nome de 'Lanterna Chinesa'.

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[1] Denominação anglo-saxónica genérica para programas de aplicação produzidos para exploração de computadores.

[2] Por essa altura, tínhamos por hábito ocupar uma razoável parte das manhãs dos sábados deitados na banheira previamente cheia com água quente onde despejávamos um saco de sal, tendo por companhia apenas a chama de uma vela, o fumo suave e de aroma agridoce de um pauzinho de incenso e uns auscultadores sem fios que nos permitiam ouvir vezes sem conta uma música calma especialmente seleccionada para o efeito. Deixávamo-nos ali ficar a meditar até que a temperatura da água se tornasse desagradável a ponto de nos devolver de novo à realidade, 'libertando-nos' dum estado alterado de consciência cuja duração variava entre quarenta e cinco minutos e quase duas horas.

[3] Os nossos sogros tinham por hábito encher os garrafões numa de duas fontes de águas cristalinas existentes em outras tantas aldeias de concelhos vizinhos.

[4] Consideramos importante referir neste ponto que então estávamos convencidos de que ainda nada sabíamos acerca de pêndulos ou de radiestesia. Todo o 'conhecimento' nos surgiu de forma puramente intuitiva, ou por qualquer outro método que até hoje não conseguimos destrinçar.

[5] O scanner é um dispositivo destinado à recolha e digitalização de imagens destinadas a serem armazenadas ou manipuladas em computador.

[6] ZD são as consoantes do mantra ZED, correspondente a um yantra que a nossa mestra de Cura da Alma nos convidara a criar em estado meditativo. Devido à nossa grande identificação com esse símbolo, acabaríamos por atribuir o seu nome ao conjunto dos florais que temos vindo desde então a produzir. Inicialmente, o código era composto por apenas 2 posições numéricas, porém, bem cedo, mais exactamente a 4 de Maio de 2001, era produzida a nossa centésima essência floral, obrigando-nos a passar o código para 3 dígitos.

[7] Ainda hoje recorremos ao mesmo tipo de dados, tendo no entanto alargado significativamente a informação de que dispomos para identificar com exactidão todo o processo de colheita, produção, identificação e sintonização de cada essência floral que produzimos. Cada espécie ou subespécie de planta utilizada é 'fotografada' no scanner, sendo colhida uma imagem com uma ou mais flores no auge da maturação, folhas, ocasionalmente a mesma flor em botão e, se possível, frutos, para mais facilmente ser determinada com rigor a sua identificação. Este tema porém, será abordado em local próprio deste texto.

 

VERGANDO-SE PARA A DÁDIVA

VERGANDO-SE PARA A DÁDIVA

Tínhamos iniciado a busca da flor do Pinheiro Marítimo, cujo tempo de floração é escasso, resumindo-se a cerca de um mês, entre o final de Abril e início de Maio, e estávamos a deparar-nos com uma dificuldade de monta: todas as plantas adultas, sem excepção, tinham uma altura média situada entre os trinta e os quarenta metros, mas nunca menos de vinte. Sentíamos que apenas um espécimen adulto e perfeitamente saudável poderia satisfazer os requisitos necessários a um floral com as características a que aspirávamos e, até aquele dia, nenhuma das várias buscas encetadas fora coroada de sucesso. Para que tudo resultasse bem, na nossa óptica, seria necessário encontrar a árvore adequada e, desde o início, acompanhar regularmente a sua floração, até que o ponto culminante em que as maioria das flores estivesse no seu apogeu e finalmente ficassem aptas para a colheita.

Pinheiro Bravo
Figura 2 – A flor do 'Pinheiro Bravo'.

Deu-se então a feliz coincidência de andarmos a deambular de automóvel nas imediações de Leiria, sem qualquer objectivo concreto de procurar fosse o que fosse. De facto, sem que disso tivéssemos tido consciência, tínhamos entrado e estávamos havia já alguns quilómetros a percorrer o Pinhal de Leiria[8].

Eis senão quando a nossa atenção foi atraída por algo bizarro relativamente próximo da berma da estrada. Tratava-se dum tronco disposto quase em plena horizontal, que sobressaía no meio do aglomerado de linhas verticais constituído pelos troncos daquele pinhal que se expandia a perder de vista de ambos os lados da estrada.

A percepção de que se tratava de uma árvore viva, fez-nos estacar a viatura. Ao aproximarmo-nos, verificámos tratar-se dum pinheiro cuja espécie procurávamos e que, embora com o tronco tombado, aparentava estar a desenvolver-se normalmente naquela posição bizarra há já pelo menos dois anos. O mais transcendente foi o facto de as extremidades dos ramos que constituíam a sua copa estarem cobertas de espigas cujas flores estavam já aptas a ser colhidas.

Deste modo, a busca terminou ali mesmo e com as flores colhidas obteve-se a essência floral ZD053, a que resolvemos chamar 'Pinheiro Bravo', originária do Pinus pinaster Soland.[9], da família das Pinaceae, mais conhecido como Pinheiro-bravo, Pinheiro-marítimo, ou Pinheiro-das-landes.

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[8] O Pinhal de Leiria, ou antes, a Mata Nacional de Leiria, é um espaço que ainda hoje ocupa cerca de onze mil hectares, designado como tal devido ao cultivo de que uma vasta área de terrenos que separam a urbe de Leiria do litoral, estendendo-se tanto para sul como para norte da cidade. Tais terrenos, outrora alagados, pantanosos e insalubres, onde pontuava o pinheiro manso, foram intensamente florestados com pinheiro bravo no final do reinado de D. Afonso III e durante todo o reinado de seu filho D. Dinis, com o intuito de os drenar, o que realmente ocorreu com grande eficácia.

[9] Soland. é a abreviatura que utilizámos para designar o botânico que primeiro identificou esta espécie, Daniel Carl Solander, nascido na Grã-Bretanha em 1736 e falecido em 1782.

COM OU SEM TIMIDEZ

COM OU SEM TIMIDEZ

Numa fase em que ainda não tínhamos descoberto as reais vantagens dos florais, a nossa timidez e acanhamento constituíam um óbice considerável que inúmeras vezes impediu de todo a colheita de flores que sabíamos serem de fulcral importância para o sistema que estávamos a desenvolver. Nas próximas linhas será resumida uma ocasião em que tudo se conjugou para que, mesmo sem que os complexos tivessem sido derrotados, ainda assim foi possível a recolha de alguns espécimens.

Passávamos frequentemente por uma vivenda nas imediações da nossa habitação, em cujis que nos atraíam fortemente. Amiúde refreávamos o passo a fim de melhor as contemplar e, numa dessas ocasiões fomos surpreendidos pela dona da casa que nos abordou, perguntando se desejávamos alguma daquelas flores e que em caso afirmativo, se colocava à nossa disposição para colhermos quantas nos fossem necessárias.

Meio embaraçados, aceitámos tão generoso convite e ficou combinado que voltaríamos lá dentro de poucos minutos com o material necessário à colecta. Mais tarde a senhora esclareceu-nos que sabia a que tipo de tarefa nos dedicávamos, enaltecendo-a e reafirmando que sendo as flores tão bonitas e aromáticas, era realmente lamentável que o seu mérito fosse tão efémero, ela dizia sentir-se verdadeiramente orgulhosa de participar ainda que tão modestamente num projecto com tão transcendente importância para os seres humanos. Como se não bastasse a sua boa vontade, de imediato alargou a nossa lista de contactos a uma cunhada sua, que nos apresentou, e que possuía uma pequena quinta onde nos poderíamos deslocar sempre que necessário, quer em busca de herbáceas selvagens, quer de quaisquer plantas cultivadas. Desta forma, numa única colecta foi possível obter seis essências de grande importância:

A Paeonia suffruticosa, da família das Paeoniaceae, ou seja Peónia, arbusto de jardim cujo porte em adulto se cifra entre os 40 centímetros e um metro, que apresentava belíssimas flores cor de rosa de grandes dimensões, à qual atribuímos a referência ZD060 e o nome 'Peónia Rosada' (Figura 3);

Peónia Rosada
Figura 3 - 'Peónia Rosada'.

A Aquilegia canadensis, das Ranunculaceae, planta de porte herbáceo com 60 a 80 centímetros de altura quando adulta, a que resolvemos chamar 'Aquilégia do Canadá' (Figura 4) e à qual atribuímos a referência ZD061;

Aquilégia do Canadá
Figura 4 - 'Aquilégia do Canadá'.

A Aquilegia vulgaris L.[10] var. plena, da família das Ranunculaceae, herbácea geralmente campestre cuja altura pode ir até aos 70 centímetros, vulgarmente conhecida como Aquilégia, Erva-pombinha, Aquilágia-vulgar ou Ancólia, que originou a essência ZD062, com o nome de 'Aquilégia Roxa' (Figura 5);

Aquilégia Roxa
Figura 5 - 'Aquilégia Roxa'.

A Centranthus ruber (L.) DC., uma ilustre 'quase desconhecida' herbácea da família das Valerianaceae, por sinal bem difícil identificar e que, não lhe sendo conhecido outro nome comum em português que não fora o de Mil-amores, deu origem à essência ZD063, por nós chamada 'Mil Amores' (Figura 6);

Mil Amores
Figura 6 – 'Mil Amores'

A Syringa vulgaris L.[11], planta arbustiva de porte médio, da família das Oleaceae, cuja altura quando adulta se situa entre 1 e 2,5 metros, conhecida como Lilás ou Lilaseiro, com flores cujo aroma verdadeiramente nos inebriou e a cuja essência atribuímos o nome 'Lilaseiro' (Figura 7) e a referência ZD064;

Lilaseiro
Figura 7 - O 'Lilaseiro'.

A Wistaria sinensis, trepadeira da família das Fabaceae, cujas ramadas chegam a atingir os 5 metros, com flores lilases dispostas em cacho e de um aroma arrebatador, a cuja essência atribuímos o nome pelo qual a planta é mais conhecida, 'Glicínia' (Figura 8), com a referência ZD065.

Glicínia

Figura 8 – A 'Glicínia'.

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[10] L. é a abreviatura que usamos para referenciar o insigne botânico sueco, Carl von Liné, mais frequentemente conhecido como Lineu, que viveu de 1707 a 1778 e ao qual ficámos a dever a identificação de um número assaz avultado de plantas europeias.

[11] Idem.

O ALTO TORNA-SE BAIXO

O ALTO TORNA-SE BAIXO

Outro exemplo de como a congregação de várias coincidências (chamemos-lhe antes sincronicidade complexa) permitiu a colheita de flores que de outro modo se teria mantido como um obstáculo intransponível foi o caso do eucalipto comum, cuja floração ocorre de Maio a Julho, mas apenas nas plantas adultas, cuja altura média varia entre os 25 e os 35 metros, sendo as flores visíveis apenas nas ramadas mais altas.

Em plena viagem ao longo da auto-estrada nº 1, junto a uma área de repouso, vimos um eucalipto que parecia ter as flores ao nível da estrada. Como era impossível recuar, decidimos regressar ali no dia seguinte, estacionando na referida área de serviço a fim de investigar das reais possibilidades de colher ali flores. De facto, logo que nos aproximámos, percebemos que a árvore que nos chamara a atenção na véspera tinha aproximadamente a mesma altura das restantes da sua espécie, porém a construção da auto-estrada tinha permitido que a copa ficasse praticamente ao alcance da mão, graças a um declive muito pronunciado que fora criado ao encherem com brita a base onde assentava a pavimento.

Eucalipto Azul
Figura 9 - Ponta de uma ramada da planta que originou a essência 'Eucalipto Azul'.

Porém, a distância a que mesmo assim as ramadas se situavam impossibilitava de todo uma aproximação segura. Íamos já a dar meia volta na direcção da viatura, desalentados por ter sido uma viagem em vão, quando os olhos se fixaram num arame de aço comprido, semelhante aos utilizados nos travões dos velocípedes. Após termos atado como pudemos uma pedra a uma das pontas daquele, lançámo-lo na direcção do eucalipto e, logo à primeira tentativa, o cabo fixou-se numa ramada comprida que puxámos cautelosamente até nós, tornando possível a recolha de flores em número suficiente para produzir a essência floral ZD138, com o nome 'Eucalipto Azul' (Figura 9), a partir das flores da espécie Eucalyptus globulus Labill., da família das Myrtaceae.

SURGINDO DE LADO NENHUM

SURGINDO DE LADO NENHUM

Havíamos saído de casa ainda manhã cedo, a fim de nos deslocarmos a um campo inculto específico, situado na margem da Ribeira do Alvorão, onde sabíamos, ou por outra 'sentíamos' ser o local indicado para a colheita de Verbena. Jamais havíamos visto qualquer exemplar daquela espécie por aqueles sítios, porém, uma certeza baseada na fé, induzira-nos a irmos até ali para a colher.

Erva do Fígado
Figura 10 - A 'Erva do Fígado'.

Percorremos lentamente toda a extensão onde 'tinha de estar' a planta, em direcção a montante, esquadrinhando cuidadosamente cada pedaço do terreno que separava o carreiro da margem, e, depois de percebermos que o local preciso fora ultrapassado já há várias dezenas de metros atrás, desistimos e fizemos meia volta, regressando desalentados ao local de partida.

A busca infrutífera ocupara-nos mais de uma hora e agora os raios do sol castigavam-nos com excesso de calor. Íamos a ruminar mágoas acerca daquelas aparentes 'certezas' que por vezes nos chegavam com a intuição, completamente distraídos quanto ao motivo inicial daquela deslocação, quando repentinamente os nossos olhos embateram numa série de pés de verbena em plena floração. Olhámos em volta aturdidos, reconhecendo ali o local onde elas tinham realmente de ser encontradas. Espraiando o olhar em volta, não havia a menor dúvida de que fora mesmo ali que tínhamos procurado com maiores precauções e não víramos absolutamente nada. Agora, ali estavam elas, como que chamando por nós para serem colhidas…

Estamos convencidos de que jamais conseguiremos explicar este fenómeno, pois a verbena, com os seus ramos esgalgados e praticamente despidos, pode facilmente passar despercebida a olhos menos treinados, porém não parecia de todo ser esse o caso, uma vez que já a conhecíamos e sabíamos com exactidão qual o seu aspecto.

Este episódio permitiu a produção da essência floral ZD162, a que atribuímos o nome de 'Erva do Fígado' (Figura 10), um dos numerosos nomes pelo qual a espécie Verbena officinalis L., da família das Verbenaceae, é vulgarmente conhecida, tais como Verbena, Urgevão, Ulgebrão, Gervão, Gerivão, Algebrado, Verbena-sagrada, Erva-sagrada, etc..

PERCALÇO OU CHAMAMENTO?

PERCALÇO OU CHAMAMENTO?

Havíamos seleccionado uma ipomeia em particular, por se situar numas ruínas fora de qualquer povoação, junto a uma ponte e protegida dos raios solares directos pela copa frondosa de várias árvores. Fora particularmente difícil encontrá-la e o número de flores que apresentava era relativamente reduzido. Assim, íamos regularmente visitá-la, procurando determinar a melhor altura para proceder à colheita, o que ocorreu no final duma manhã soalheira de Junho.

Sem problemas de maior, obtivemos a essência floral pelo método da fervura lenta[12], enfrascámo-la e, quando íamos já a armazenar o frasco contendo aquele líquido de uma cor deslumbrante situada algures entre o azul e o violeta, quando ele nos escorregou das mãos, caindo ao chão, onde se quebrou, vertendo a totalidade do precioso fluido.

No dia seguinte, pela manhã, deslocámo-nos ao mesmo local com o objectivo de calcular quando iria ser possível proceder a nova colheita, mas aguardava-nos uma surpresa: havia inúmeras flores aptas a colher de imediato, em número mais que suficiente para a produção do floral ZD208, a 'Gitirana Roxa' (Figura 11), Ipomoea purpurea, da família das Convolvulaceae, vulgarmente conhecida como Ipomeia ou Ipomea.

Ipomeia
Figura 11 - As belas flores azul-arroxeado da 'Ipomeia'.

Cipó do Reino

Figura 12 - As flores invulgares que originaram o 'Cipó do Reino'.

Mas as surpresas ainda não se tinham ficado por ali. Estava-nos reservada uma ainda bem maior, pois ao concluir a colheita, o nosso olhar foi atraído por umas florzinhas brancas com um formato muito singular. Tratava-se de uma trepadeira que ligava vários chorões existentes num plano mais baixo que a ponte onde nos encontrávamos e cujos ramos mais próximos conseguimos alcançar com uma cana comprida cuidadosamente manipulada. Procedemos à colheita de todas as flores suficientemente adultas que conseguimos alcançar, tendo a partir delas produzido a essência floral ZD209 (Figura 12), a que atribuímos o nome 'Cipó do Reino', cuja identificação precisa até agora não nos foi possível obter (a busca taxonómica efectuada conduziu-nos até à Clematis flammula L., que é, de entre as que encontrámos, aquela que mais se lhe assemelha), mas que independentemente disso tem sido utilizada desde então para os fins que a intuição nos mostrou ser válida, o que viria depois a ser comprovado por todos os amigos terapeutas que connosco colaboram no teste destes florais.

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[12] Este método será explicado mais adiante.

A TROCA DAS ESTAÇÕES

A TROCA DAS ESTAÇÕES

Constitui um fenómeno estranho quando a floração de uma espécie se dá em determinada época do ano e ocorre que um único ou apenas alguns dos seus exemplares o fazem noutra altura. Mais extraordinário ainda é quando isso ocorre após termos tomado consciência de que necessitamos de determinado floral para um fim especial e no mesmo dia ocorre depararmo-nos com as flores de que necessitamos, sem que tenhamos para tal de nos esforçar minimamente.

Tal situação deu-se em meados de Novembro, com a piteira, que habitualmente floresce entre Junho e Agosto. Íamos em viagem quando, ao termos deixado para trás a povoação de Vila Nova da Barquinha, se destacaram no verde da folhagem dois ou três pontos cor de laranja vivo. Tratava-se de piteiras e nessa mesma manhã havíamos chegado à conclusão de que só no ano seguinte iríamos ter ocasião de colher aquela flor pois, por mais falta que nesse momento nos pudesse fazer, teríamos de ser pacientes e aguardar uns nove meses até voltarem a florir.

Figueira da Índia
Figura 13 - As flores, visivelmente desidratadas, da 'Figueira da Índia'.

A flor da piteira é assaz efémera e requer cuidados especiais, sobretudo após ter sido separada da planta, daí que os espécimens colhidos, se bem que saudáveis, foram fotografados apenas cerca de meia hora depois, apresentando já um avançado estado de desidratação. Nada a dizer porém relativamente à qualidade do floral obtido, o 'Figueira da Índia' (Figura 13), ZD285, ou seja, Opuntia ficus indica, da família das Cactaceae, mais conhecida como Piteira, ou Figueira-da-Índia.

AS HABILIDADES DUM PICA-PAU

AS HABILIDADES DUM PICA-PAU

Encontrando-nos em retiro espiritual no Monte Mariposa, local bastante aprazível, situado no Algarve, próximo de Tavira, ocorreu num dos dias termo-nos levantado com os primeiros raios de sol, a fim de aproveitarmos o tempo para procurar e eventualmente colher alguns espécimens de flores inexistentes na região onde residimos. O tempo decorria de descoberta em descoberta e sentíamo-nos particularmente felizes, uma vez que naquele início de Novembro, bem ao contrário do que contávamos, era elevado o número de flores visíveis.

Figueira do Egipto
Figura 13 - As flores bastante discretas da 'Figueira do Egipto'.

Após nos termos embrenhado por terrenos incultos, procedendo a observação e colecta, regressávamos já às nossas instalações quando o ruído característico dum pica-pau chamou a nossa atenção. Ele parecia estar num poste que se encontrava por detrás de uma alfarrobeira. Ao aproximarmo-nos, no solo coberto de ervas viçosas e húmidas, eram visíveis ainda algumas vagens que haviam tombado já após a colheita e o único caminho possível implicava passar sob os ramos baixos daquela alfarrobeira. Ao tentarmos fixar melhor a vista no poste, deparámo-nos com um panorama deslumbrante e caprichoso, que consistia no facto de aquela árvore especificamente estar em plena floração, facto tanto mais curioso quanto é sabido que o referido período decorre em condições normais de Fevereiro a Abril.

Apressámo-nos a agrupar algumas daquelas flores num envelope e juntámo-lo às restantes até ali colhidas. Concluída a tarefa, ainda pudemos aproximar-nos o suficiente do poste onde o pica-pau estivera todo o tempo, voando só então para mais longe, para o meio dum bosque próximo. Conseguíramos, desta forma inédita, obter a matéria-prima que deu origem à essência 'Figueira do Egipto' (Figura 13), ZD297, Ceratonia siliqua L., da família das Leguminosae, com os nomes vulgares de Alfarrobeira, Fruto-de-pitágoras e Figueira-do-Egipto.

'CRESCENDO' COM AS FLORES

'CRESCENDO' COM AS FLORES

Embora a nossa anterior residência se situasse na proximidade do concelho da Chamusca, onde sabemos existirem grandes bosques de castanheiro manso, apenas tivemos acesso à sua flor em condições apropriadas para a colheita numa ocasião muito especial em que nos deslocámos em caravana para uma pequena e característica localidade da Beira Interior, a Aldeia de Ana de Aviz, no concelho de Figueiró dos Vinhos.

Castanheiro Manso
Figura 14 - As flores e as folhas do 'Castanheiro Manso'.

Estávamos ali com o propósito de participar numa marcha pedestre de resistência e ao depararmo-nos com as ramadas que pendiam da copa da árvore sob a qual o condutor estacionara a viatura em que nos deslocávamos, decidimos de imediato que iríamos procurar outra árvore menos exposta que aquela, onde trataríamos de colher as flores.

Ocorre que aquela era de facto a única nas imediações e ao longo dos muitos quilómetros que calcorreámos do decurso de toda a manhã, jamais encontrámos qualquer outra da mesma espécie. No final do dia, minutos antes de iniciarmos o regresso a casa, como nenhuma outra solução se nos apresentasse, tivemos de nos prover do máximo de ousadia de que fomos capazes e, à vista de todos quantos estavam próximos, pegámos na inseparável tesoura de podar e num saco de papel e procedemos à colheita.

Depois colocámos o envelope num saco térmico e, uma vez em casa, fotografámos alguns espécimens e procedemos à preparação do floral ZD385, o 'Castanheiro Manso' (Figura 14), ou seja, Castanea sativa Miller[13], da família das Fagaceae, mais conhecida como Castanheiro-manso, ou Castanheiro-comum.

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[13] Miller é a abreviatura que usamos para referir o botânico britânico Philip Miller, que viveu de 1691 a 1771.

UMA FLOR SACRALIZADA

UMA FLOR SACRALIZADA

Uma outra das aquisições de essências florais, datando do início de 2003, ocorreu através duma feliz coincidência. Estando nós a participar num evento de fim de semana dedicado à ascensão, num local paradisíaco, onde se respirava uma atmosfera profundamente pacífica e sagrada, fomos convidados pelo anfitrião a que o acompanhássemos a fim de passearmos pela encosta que se desenhava a partir da traseira da habitação.

Lírio Roxo
Figura 15 - A flor do 'Lírio Roxo'.

Ao deslocarmo-nos até ao topo do monte, deparámo-nos com um pequeno planalto onde se viam vários tufos de flores roxas, se bem que ocasionalmente também se visse uma ou outra muito alva, oferecendo desconcertante vivacidade ao conjunto.

Voltando-se para nós, o indivíduo convidou-nos a desfrutar da paisagem que se avistava para lá do vale onde a casa se situava e, com um piscar de olho cúmplice, recomendou-nos que colhêssemos umas quantas daquelas flores para fazer aquilo que nós bem sabíamos. Ficámos mudos de espanto, pois não era suposto que alguém de todo aquele grupo tivesse o menor indício dessa nossa ocupação. Após nos munirmos dos utensílios necessários, agimos em conformidade e obtivemos dessa forma o floral ZD399, o 'Lírio Roxo' (Figura 15), ou seja Iris planifolia (Miller) Dur. & Sch., da família das Iridaceae.

Como Comprar

Como Comprar

(em construção ou modificação)

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Por favor, siga as instruções disponíveis nas linhas finais do separador 'Introdução'.

Depoimentos

Depoimentos

(em construção ou modificação)

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