Un Arte de Ver

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Introdução

A VISÃO DE ALDOUS HUXLEY

Há diferentes relatos sobre os detalhes da qualidade da visão de Huxley em pontos específicos da sua vida. Em 1939, Huxley encontrou o método Bates para uma melhor visão, e uma professora, Margaret Darst Corbett, que foi capaz de lhe ensinar o método.

Em 1940, Huxley mudou-se de Hollywood para um ranchito no alto deserto junto da aldeia de Llano, California, no extremo norte do condado de Los Angeles. Huxley, em seguida, disse que a sua visão melhorou dramaticamente com o Método Bates e a iluminação natural extrema e pura do deserto do sudoeste americano. Ele relatou que, pela primeira vez em mais de 25 anos, era capaz de ler sem óculos e sem tensão.

Ele até tentou conduzir um carro ao longo da estrada de terra junto ao rancho. Então, escreveu um livro sobre os seus sucessos com o Método Bates, 'A arte de ver', que foi publicado em 1942 (USA) e em 1943 (UK). O livro continha algumas teorias geralmente alvo de disputa, e a sua publicação criou um crescente grau de controvérsia popular sobre a visão de Huxley. É esse livro, que tem por base a experiência pessoal do autor e no qual ensina os métodos que com ele resultaram, que aqui lhe apresentamos.

QUEM FOI ALDOUS HUXLEY

Aldous Leonard Huxley, que nasceu a 26 de Julho de 1894, em Godalming, Surrey, England, e faleceu 22 de Novembro de 1963, em Los Angeles, California, USA, foi um escritor inglês, novelista, filósofo, e proeminente membro da família Huxley, formado em literatura inglesa no Balliol College, Oxford.

Ele era mais conhecido pelos seus romances, incluindo ‘Brave New World’ (‘Admirável Mundo Novo’), situado numa London distópica; do que pelos livros de não-ficção, como ‘The Doors of Perception’ (‘As Portas da Percepção’), que recorda experiências quando se toma uma droga psicadélica; ou o grande alcance dos seus ensaios. No início da sua carreira Huxley editou a revista Oxford Poetry e publicou contos e poesias. A meio da carreira e, mais tarde, publicou relatos de viagens, histórias de filmes e argumentos. Passou os últimos anos da sua vida nos USA, vivendo em Los Angeles desde 1937 até à sua morte. Em 1962, um ano antes da sua morte, foi eleito Companheiro de Literatura pela Royal Society of Literature.

Huxley foi um humanista, pacifista, e satírico. Mais tarde, tornou-se interessado em assuntos espirituais, tais como parapsicologia e misticismo filosófico, em particular o universalismo.

Até ao final da vida, Huxley foi amplamente reconhecido como um dos intelectuais proeminentes do seu tempo. Foi nomeado para o Prémio Nobel da Literatura em sete anos diferentes.

A educação de Huxley começou no bem equipado laboratório de botânica do seu pai, após se ter matriculado na Hillside School, Malvern, onde foi ensinado pela própria mãe durante vários anos, até ela se tornar doente terminal. Depois de Hillside, ele passou a Eton College.

A mãe faleceu em 1908 e quando tinha 14 anos, em 1911, ele contraiu uma doença ocular (keratitis punctata)[1] que o "deixou [ele] praticamente cego por dois a três anos". Isto "pôs fim aos primeiros sonhos de se tornar um médico." Em Outubro de 1913, Huxley foi para o Balliol College, Oxford, onde leu literatura inglesa.

Em Janeiro de 1916, ele ofereceu-se para se juntar ao exército britânico na Grande Guerra, mas foi rejeitado por motivos de saúde, uma vez que era meio cego de um olho. A sua visão foi parcialmente recuperada mais tarde. Em 1916 editou Oxford Poetry e em Junho do mesmo ano formou-se bacharel com honras de Primeira Classe.

Ensinou francês durante um ano em Eton, onde Eric Blair (que usava o pseudónimo de George Orwell) e Steven Runciman se contavam entre os seus alunos. Ele foi recordado principalmente como professor incompetente, incapaz de manter a ordem na sala. No entanto, Blair e outros falavam muito do seu brilhante domínio da linguagem.

Significativamente, Huxley também trabalhou durante algum tempo na década de 1920 na Brunner and Mond, uma fábrica de produtos químicos de alta tecnologia em Billingham, North East England. De acordo com a introdução da última edição do seu grande romance de ficção científica ‘Brave New World’ (1932), a experiência que teve foi de que há "um universo ordenado num mundo de incoerência sem plano" foi uma fonte importante para esse romance. 

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