RECUEMOS NO TEMPO
Desde que o homem surgiu na Terra,
sempre se deixou fascinar pelo aroma
agradável e inebriante de algumas flores, folhas,
frutos, ou mesmo de plantas na sua totalidade.
Cedo percebeu que a Manipulação e uso desses
aromas lhe traziam vantagens que não se
limitavam a tornar o ambiente mais perfumado.
Assim, experiência após experiência, veio associando
sabedoria referente ao uso desses aromas,
verificando que alguns deles produzem efeitos de
carácter mais físico e outros mais
emocional ou psicoLéxico, o que nos
conduz à conclusão de que o homem descobriu as
faculdades medicinais, entre muitas outras, da
substância aromática que emana de algumas espécies
de plantas.
Não apenas o descobriu como também há já vários milénios vem criando e aperfeiçoando métodos para
extrair essa Substância com tanta pureza quanto
os meios técnicos disponíveis o têm permitido,
resultando desse trabalho, por norma, um líquido
mais ou menos espesso e altamente volátil e
aromático, cujas características se assemelham às
das gorduras - estamos a falar dos óleos
aromáticos.
De acordo com a Bíblia, os reis magos ofertaram ao
Jesus menino ouro, incenso e mirra,
três das Substâncias mais valiosas da época, cabendo
aqui dizer que os dois últimos são resinas
aromáticas extraídas de plantas, mais fáceis de
conservar assim do que no estado líquido.
A AROMATERAPIA AO
SEU ALCANCE
A Aromaterapia é a técnica milenar que resulta da utilização dos óleos
essenciais naturais aromáticos e sempre tem
gozado de grande prestígio e popularidade,
nomeadamente no mundo da estética e
cosmética, uma vez que tais óleos possuem
propriedades significativas com grande utilidade
nos cuidados a ter com a pele.
Quanto mais elevada a pureza e quanto mais
complexo e oneroso for o método de extracção de um
óleo essencial, tanto mais dispendioso ele será, daí
que, o engenho e a arte do homem também o tenham
conduzido a produzir sucedâneos desses óleos,
bastante mais económicos do que os naturais.
Não nos iludamos porém, uma vez que aquilo que se
visa obter num óleo essencial artificial é um
aroma tão semelhante quanto possível ao natural, e
aquilo com que a Aromaterapia trabalha de
facto é com outras propriedades bastante mais subtis
e que só se encontram nos óleos naturais extraídos
das partes apropriadas de determinadas plantas.
Uma vez que cada óleo possui determinadas
propriedades que se manifestam em várias áreas
de actuação, podemos dizer que quase todos eles são
polivalentes, isto é, que um óleo essencial pode dar resposta a problemas
de diversa índole.
Sendo a pele, o nosso órgão mais extenso, uma
superfície viva, é ela que determina o contacto
físico entre nós, o meio envolvente e os outros,
tanto física como sensorialmente. Ela constitui uma
barreira protectora que impede as intrusões e
que, estando permanentemente alerta, através dos
numerosos terminais nervosos que possui, envia-nos
constante e instantaneamente estímulos
sensoriais que originam prazer ou desagrado,
conforto ou dor.
Uma vez que a pele possui a faculdade de decifrar e
transmitir um número de mensagens tão
elevado, responde com elevada eficácia à aplicação de óleos aromáticos, actuando
estes, nestas circunstâncias, a nível tópico e cutâneo,
predominantemente a nível físico. Quando
inalamos os aromas que libertam, está a actuar a sua
capacidade olfactiva, que se manifesta mais
fortemente a nível da nossa mente e das
emoções.
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Se utilizada em massagem, a Aromaterapia
estará a aliar as suas capacidades de actuação
cutânea e olfactiva às da massagem
propriamente dita, beneficiando ainda mais
quem a recebe, pois à medida que a pele e os tecidos
mais ou menos profundos reagem à massagem e as suas terminações nervosas comunicam com os órgãos
internos, as glândulas, o sistema nervoso, o
aparelho circulatório, em última instância todo o
organismo, tanto a nível fisiológico como
energético, também irá ocorrer idêntico fenómeno
com o recurso aos óleos aromáticos.
Dessa forma, irão conseguir-se efeitos de
relaxamento ou de estimulação mais
pronunciados de acordo com as propriedades dos óleos
intervenientes, que serão absorvidos pela pele,
hidratando-a e transmitindo-nos através dela os seus
princípios activos, enquanto os aromas que se
vão evolando no ambiente serão por não inspirados.
Cada ser humano possui no seu nariz cerca de dez
milhões de neuronas contendo moléculas
odoríferas (os receptores olfactórios), que enviam a
codificação desses odores para o centro emocional do
nosso cérebro, o sistema límbico, que por sua
vez está profundamente ligado a outras áreas do
cérebro, responsáveis por controlar o ritmo
cardíaco, a memória, a tensão arterial,
a respiração, a reprodução, Além de
coordenar o funcionamento das nossas glândulas
endócrinas.
Se bem que a maioria das aplicações conhecidas dos
princípios aromaterápicos dos óleos
essenciais seja de uso tópico, é possível
beneficiarmos daqueles colocando algumas gotas
do óleo indicado no vaporizador de essências
ou numa simples tina com água.
Assim, chamamos Aromaterapia à prática do uso
de óleos essênciais naturais de plantas
visando obter efeito curativo, para
embelezar ou para nos beneficiar
emocionalmente. Estes óleos são tão poderosos
que bastam algumas gotas para os seus efeitos
se manifestarem, daí que sejam necessárias algumas
precauções na sua aplicação, devendo ser
seguidas à risca as orientações do
terapeuta.
OS BENEFÍCIOS DOS
ÓLEOS ESSENCIAIS
A Aromaterapia tem a
capacidade de nos ajudar fisicamente com
eficácia porque há sempre um ou mais óleos
essenciais que nos activa a respiração, alivia as
picadelas de insectos, alivia os sintomas da tensão
pré-menstrual, harmoniza a mente e o corpo, previne
Doenças infecciosas, regula o aparelho digestivo,
absorve as equimoses, acelera o metabolismo, alivia
queimaduras, fortalece o sistema imunológico, activa
a circulação, alivia dores de cabeça, alivia
sintomas de artrites, estimula os centros vitais,
minora os sintomas da menopausa, purifica e desinfecta, previne as amassaduras, previne
constipações, protege de infecções por fungos, reduz
a dor, sara as feridas, ou que ultrapassa a frigidez
e a impotência.
Também nos pode influenciar positivamente a nível
emocional porque há sempre pelo menos um óleo
aromático que nos amplia a capacidade mental,
clarifica a mente, cria atmosfera, eleva o ânimo,
estimula os sentidos, exalta a sensualidade,
intensifica a energia, reconforta, abranda o mau
humor, atenua a frustração, aviva a imaginação,
combate a depressão, diminui o medo e a ansiedade,
estimula a memória, evoca emoções salutares, insufla
a criatividade, mitiga a fadiga mental, reduz a
tensão emocional ou é sedativo.
Vejamos agora porque são os óleos aromáticos tão
utilizados em produtos de beleza e
cosméticos: porque pode ser rejuvenescedor celular,
abranda a celulite, acelera o metabolismo,
desintoxica, embeleza a pele, estimula o couro
cabeludo, previne as rugas, promove a Saúde, retarda
o envelhecimento, cheira bem, desodoriza, favorece a
circulação, previne a perda do cabelo, rejuvenesce,
restitui os nutrientes vitais, suprime o acne, é
agente de limpeza, ou é adstringente.
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