Ulex Europaeus: A Vida Amarela na Desolação Cinzenta
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Ulex Europaeus: A Vida Amarela na Desolação Cinzenta

Ulex Europaeus: A Vida Amarela na Desolação Cinzenta

A planta cientificamente conhecida como Ulex Europaeus (L.)[1], pertencente à família das Leguminosae, é um arbusto cujo porte se situa entre os 0,5 e os 2 (…)

Artigo de: Francisco Godinho - 04/05/2002

 

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Artigo

Ulex Europaeus: A Vida Amarela na Desolação Cinzenta

ÍNDICE
FICHA IDENTIFICATIVA
APLICAÇÕES TRADICIONAIS
APLICAÇÕES FLORAIS

FICHA IDENTIFICATIVA

A planta cientificamente conhecida como Ulex Europaeus (L.)[1], pertencente à família das Leguminosae, é um arbusto cujo porte se situa entre os 0,5 e os 2 metros e é vulgarmente conhecida no território continental português como Tojo, ou Tojo Arnal.

O seu habitat natural são os solos não calcários ou descalcificados do litoral Atlântico europeu, pastagens secas e charnecas, sendo abundante em praticamente todo o território português, onde € também cultivado tanto como cobertura de terrenos como para aproveitamento da ramagem, com a qual são feitas as camas para o gado doméstico.

É muito ramificado e adaptado às condições climáticas mais adversas, estando as suas folhas transformadas em espinhos pontiagudos, na axila dos quais nascem pequenos ramos que sofrem idêntica transformação.

As flores, com cálice glabro e corola de um belo amarelo dourado, dividem-se em dois lábios profundamente recortados até à base, possuindo respectivamente dois e três dentes apicais (o superior é bifendido e o inferior trifendido).

A época da floração pode estender-se desde Dezembro até Maio, dependendo da área geográfica de distribuição e, quando, no auge do Inverno, praticamente tudo em volta não é muito mais que uma amálgama de tons cinzentos indistintos, o amarelo luminoso das flores fá-las ressaltar pela sua beleza e alegria vivificante.

O Ulex Europaeus é parente próximo de várias outras plantas (tal como ele todas elas tóxicas em maior ou menor grau), de entre as quais merecem realce pela sua utilização medicinal:

A Cytisus Scoparius (L.) (Link)[2], vulgo Giesta, Giesteira, Giesta das Vassouras, Giesta Ribeirinha, Giesta Brava, Giesta Comum, Retama, Chamiça, ou Maias, arbustiva com 0,5 a 2 metros de altura, a menos tóxica das referidas (apenas as sementes são perigosas), as flores da qual são utilizadas nos laboratórios farmacológicos para extracção da esparteína (uma Substância com características tonicardíacas, vasocontristoras e diuréticas reconhecidas);

A Spartium Junceum (L.), conhecida como Giesteira de Espanha, ou Giesta de Espanha, arbusto com até 1,5 metros de altura, que possui pequenos ramos cilíndricos verde-claros praticamente desprovidos de folhas e cujas vagens não têm pólos, que é de todas estas a mais tóxica (todas as partes da planta são perigosas);

O Laburnum Anagyroides (Medik.)[3], conhecido como Codesso Bastardo, Codesso dos Alpes, Laburno, ou Falso Ébano, de porte maior que as restantes, pois é uma pequena árvore que atinge de 3 a 10 metros de altura (a casca, as sementes e as flores são perigosas para o homem), está na base do fabrico de um remédio homeopático destinado à cura de determinados estados depressivos.

APLICAÇÕES TRADICIONAIS

Na fitoterapia, são usadas popularmente as flores do Ulex Europaeus, tomadas em infusão após as refeições principais, para a resolução de determinados problemas hepáticos, estimulando a secreção de bílis e facilitando o funcionamento da vesícula biliar. As sementes, eram antigamente utilizadas no combate da asma, tosse convulsa, Dor de Cabeça e problemas cardíacos e, actualmente, se bem que ainda sejam usadas, devem ser manipuladas com muito cuidado, pois poderão tornar-se tóxicas, uma vez que a dosagem necessária é muito diminuta e portanto dificilmente quantificável.

São aproveitadas medicinalmente, tanto as flores, ricas em ulexósido (a proporção deste glicósido com características hepatoprotectoras pode variar entre 0,2 e 0,4%), como as sementes, onde a Concentração de citisina é notável (este alcalóide cardiotópico pode estar presente em até 1%).

APLICAÇÕES FLORAIS

O Ulex Europaeus foi utilizado pioneiramente nos remédios Florais de Bach[4] [5], sob o nome Gorse (o nome inglês do Tojo), englobado nos remédios destinados aos que sofrem de indecisão e incerteza, pois 'É um remédio apropriado para casos em que há grande desesperança. Para a pessoa que perdeu toda a fé em que se possa fazer algo por ela. Quando persuadida ou para satisfazer os demais, pode experimentar tratamentos diferentes, ao mesmo tempo assegurando a todos os que a rodeiam de que há pouca esperança de alívio.'[6].

Estudos mais recentes, levados a cabo por Mechthild Scheffer, no âmbito dos florais de Bach, referem que o bloqueio energético induz a pessoa a não ter esperança, a resignar-se, sendo o seu diagnóstico difícil, uma vez que o seu estado crítico é por hábito totalmente inconsciente. Ela refere neste tipo de pacientes como usuais as expressões 'Eu só vim ao seu consultóio porque a minha filha me obrigou!', 'Quanto ao meu futuro, já estou bastante resignado. Tentei de tudo, mas nada adiantou…', 'Não ouso correr o risco de tentar novamente. Só se acontecesse um milagre!', 'Já andei a pensar em fazer uma peregrinação a Lourdes…', podendo o aspecto daqueles ser caracterizado por um rosto amarelo pálido, olheiras escuras, Doenças críticas no próprio ou no núcleo familiar. Como benefícios para o paciente, através da toma regular do floral Gorse, são referidas novas perspectivas cheias de esperança nas situações de vida difíceis e até nas irreversíveis[7].

Judy Howard, no âmbito dos florais de Bach, indica o recurso a Gorse em Crianças e adolescentes em situações de problemas de realização pessoal, ruborização, imagem deturpada do corpo, amamentação, exames, doença prolongada, desamor, pessimismo, erupções cutâneas, tentativa de suicídio, etc.[8].

Resumidamente, Christine Wildwood, ainda no âmbito dos florais de Bach, diz-nos que Gorse está indicado para os estados de espírito negativos em que se verifica falta de esperança e desespero, consistindo as potencialidades positivas após o tratamento na noção de que mais tarde ou mais cedo todas as dificuldades acabarão por ser ultrapassadas[9].

Por sua vez, também no âmbito dos florais de Bach, Vitorino de Sousa, para além dos estados emocionais típicos já citados, indica Gorse nos casos de sintomas tais como anemia, artrite, cancro, claustrofobia, diabetes, distúrbios do sistema imunitário, doenças críticas e incuráveis, esclerose em placas, esgotamento, falta de alegria, falta de competitividade por 'já não valer a pena', olheiras, palidez, pessimismo intenso, renúncia à vida, sida[10].

Ainda no âmbito dos florais de Bach, Maria Duques, refere que Gorse está indicado nos casos de falta de esperança, desencorajamento, desespero; a ideia de que a dor e o sofrimento devem ser suportados porque 'não há mais nada a fazer'[11].

O sistema floral escocês Findhorn[12], recomenda o uso de Gorse nos casos de apatia, desinteresse, baixa imunidade, indiferença, ausência de motivação ou alegria, incapacidade de partilhar ou de se enturmar, porque renova a vontade de viver, dá vitalidade, motivação, entusiasmo, viver aqui e agora, alegria e celebração da vida. O Gorse é um portador da luz e um arauto da alegria, qualidades da alma que podem promover a nossa cura. Quando estamos abatidos, não dispomos de energia para participar activamente na vida, arriscamo-nos a esgotar as nossas energias esforçando-nos ingloriamente em as preservar, mas Gorse faz-nos regressar à alegria de viver cada momento ao máximo, dá-nos esperança, reforça a esperança e robustece a imunidade.

O sistema inglês Green Man[13], aponta Gorse como destinado a facilitar a integração, pondo fim à inquietação, ao desassossego e aos ciúmes, facultando a alegria advinda da Segurança emocional e do desenvolvimento, auxiliando a interacção de novas formas de energia e conhecimento, de forma pessoal e útil.

O sistema inglês Healing Herbs[14], preconiza o recurso a Gorse nas situações de desencorajamento, melancolia, ausência de esperança, resignação, porque promove fé e esperança profundas, equanimidade e optimismo iluminado.

O sistema alemão Korte Phi[15], afirma que Gorse nos ajuda a ver a luz ao fundo do túnel, quando nos encontramos num estado de total desespero.

Tenho notícia de vários outros sistemas que contam com Gorse, embora desconheço quais os distúrbios que visa solucionar, como é nomeadamente o caso de Pegasus[16] e de FES[17]., ambos norte americanos.

Em Portugal, o sistema Corpo & Alma[18], recorre à essência floral de Gorse (ou Ulex Europaeus) como parte integrante do kit para solidão e incerteza, bem como nos preparados florais destinados a trabalhar a depressão e o perdão.

A linha de essências Florais ZED, cuja linha elementar se encontra ainda na sua fase experimental, preconiza o recurso ao Tojo Arnal (ou Ulex Europaeus) conjuntamente com Três Corações (ou Oxalis articulata Savigny) nas situações de falta de esperança e desespero, uma vez que fomenta a noção de que os obstáculos actuais são apenas passageiros e acabarão por ser ultrapassados. Pretende dar resposta às afirmações: 'Estou firmemente convencido de que o destino só me traz padecimentos e dificuldades e não tenho grande esperança de que as coisas venham a melhorar.', 'Sinceramente estou sem nenhuma esperança…', 'O desespero invade-me porque nada me corre como é preciso, mas por vezes tenho momentos fugazes em que consigo convencer-me de que há uma solução positiva para os males que me atormentam.', 'Sinto grande desesperança e creio nada vale a pena.' e 'Em criança, tinha tendência para andar sempre adoentado e desmoralizado.'.

[1]    A abreviatura (L.) refere-se a Lineu, o nome pelo qual é vulgarmente conhecido o destacado botânico sueco Carl von Linné (1707-1778), ao qual se deve uma quantidade espantosa de classificações científicas de espécimens vegetais.
 
[2]    A abreviatura (Link) refere-se ao botânico alemão Johann Heinrich Friedrich Link (1767-1851).
 
[3]    A abreviatura (Medik.) refere-se ao alemão Friedrich Casimir Medikus (1736-1808).
 
[4]    O Dr. Edward Bach desenvolveu, para Além do conhecidíssimo Rescue Remedy (que literalmente significa remédio de salvamento, ou remédio de resgate), outros 38 remédios florais destinados a promover em cada um de não as principais características que, segundo ele, deveriam constituir as sete mais importantes qualidades da humanidade: Autoconfiança, capacidade para liderar e inspirar os outros, constante disponibilidade para a aprendizagem, amar e servir, assumir o próprio destino, enfrentar o medo com coragem e fé.
 
[5]    Após a morte de Bach, a The Dr. Edward Bach Centre's Foundation continuou a produzir a tintura mãe das mesmas essências florais que aquele criara, sob o nome Bach Flower Remedies, sendo desde 1933 as essências de stock enfrascadas e mundialmente distribuídas pela empresa A. Nelson Co. Ltd..
 
[6]    Em 'The Twelve Healers & Other Remedies', Dr. Edward Bach (página 78 de 'Os remédios Florais do Dr. Bach (…) Os Doze remédios', Editora Pensamento, São Paulo, Brasil, 1997).
 
[7]    Em 'Original Bach-Blutenterapie Lehrbuch für die Atzt-und Naturheipraxis', Mechthild Scheffer, Jungjohann Verlagsgesellschaft mbH, 1995 (página 132 de 'A Terapia Original com as Essências Florais de Bach' , Editora Pensamento, são Paulo, Brasil, 1996-1999).
 
[8]    Em 'Growing up with Bach Flower Remedies - A guide to the Use of the Remedies during childhood and adolescence', Judy Howard, C. W. Daniel Company Ltd., England, 1994 ('Crescendo com as Essências Florais de Bach' , Editora Aquariana Ltda., São Paulo, 1997).
 
[9]    Em 'Flower Remedies - Natural Healing with Flower Essences', Christine Wildwood, Element Books, England, 1992 ('Remédios Florais', Editorial Estampa, Lisboa, 1994).
 
[10]   Em 'Os Florais de Bach - Gotas para a Alma', Vitorino de Sousa, Editorial Estampa, Lisboa, 2001 (pág. 97).
 
[11]   Em 'Os Florais de Bach e as Síndromes do Feminino', Maria Duques de Farias, Editora Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro, Brasil, 1996 (página 41).
 
[12]   O sistema Findhorn Flower Essences foi desenvolvido por Marion Leigh, tendo por base flores oriundas dos campos escoceses.
 
[13]   O sistema Green Man, desenvolvido por Simon Lilly, recorre a flores escocesas.
 
[14]   O sistema inglês Healing Herbs English Flower Essences, criado por Julian Barnard e por Martine Barnard, possui exactamente o mesmo número e nomes de florais que o sistema Bach original.
 
[15]   O sistema Korte Phi Essences, desenvolvido por Andreas Korte, recorre a flores dos campos alemães.
 
[16]   O sistema Pegasus Flower Essences, desenvolvido por Fred Rubenfeld em estreita colaboração com Gurudas, é de origem norte americana.
 
[17]   O sistema Flower Essence Services Quintessentials - North American Flower Essences, criado por Richard Katz e Patricia Kaminski, mais vulgarmente conhecido pelas iniciais FES, constitui um importante marco no renascimento dos remédios florais.
 
[18]   Corpo & Alma é o nome da linha de essências florais desenvolvida por Thais Helena Delboni, cuja comercialização está a cargo da Dieticofarma.
 

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