Neste dia sete do sete, acordei com a 'veia poética', interrompi
alguns trabalhos em curso a fim de priorizar este artigo,
inspirado na localização do novo espaço sede dos Florais ZED,
num sétimo andar, frente a um restaurante que tem por nome
sétimo, ao qual atribuí o nome 7ºzed…
Este artigo é composto por duas partes, sendo que numa
delas é explicado o simbolismo do sete de acordo com a
teosofia, pela pluma da própria Helena Blavatsky, e na seguinte, com base em
algum material recolhido, teço considerações acerca
da perspectiva dum Sétimo Céu e do peso que tem em várias religiões.
Helena Blavatsky - Junho de 1880
O título original deste texto é 'The Number Seven' e foi
publicado pela primeira vez na revista 'The Theosophist',
de Junho de 1880, quando esta revista era editada na Índia por
Helena Blavatsky[i].
Em todas as nações da antiguidade com culturas próprias, bem
como nas nações mais recentes, o número sete tem sido
considerado sagrado. A origem astronómica deste número
está confirmada sem lugar para dúvidas. O homem, sentindo desde
tempos imemoriais que depende de forças celestes, sempre
considerou que a Terra estava sujeita ao céu. Dessa forma, o
maior e mais iluminado dos corpos celestes - o sol - tornou-se
para ele o mais importante e mais elevado poder, com os
planetas que toda a antiguidade contou como sendo sete, que,
ao longo do tempo, se transformaram em sete divindades.
A crença no sapta loka (em sânscrito, as setes regiões
mais elevadas, a partir da Terra) da religião bramânica
permaneceu fiel à filosofia arcaica; mas (quem sabe?) essa
própria ideia ter-se-á originado na Aryavarta (o nome
antigo da Índia), este berço de todas as filosofias e fonte de
todas as religiões subsequentes! Os egípcios tinham sete
deuses originais e mais elevados; os fenícios tinham sete
kabiris; os persas, sete cavalos sagrados de Mitra;
os parsis, sete anjos opostos a sete demónios, e sete
moradas celestes em paralelo com sete regiões inferiores. Para
representar essa ideia mais claramente na sua forma concreta, os
sete deuses eram frequentemente descritos como uma divindade com
sete cabeças. Todo o céu estava sujeito aos sete
planetas, razão pela qual, em quase todos os sistemas religiosos
encontramos sete céus.
Se o dogma egípcio da metempsicose ou transmigração da
alma ensinava que há sete estágios de purificação e
de perfeição progressiva, também é verdade que os budistas
colheram a sua ideia de sete estágios de desenvolvimento
progressivo da alma desencarnada entre os arianos da Índia, o
que é simbolizado pelos sete andares e guarda-chuvas, que
gradualmente diminuíam à medida que ficavam mais próximos do
topo dos seus templos.
No misterioso culto a Mitra havia sete portões, sete altares,
sete mistérios. Os sacerdotes de muitas nações orientais eram
subdivididos em sete graus, sete degraus levavam ao
altar, e os templos eram iluminados por candelabros de sete
velas e várias lojas maçónicas têm sete e catorze passos.
As sete esferas planetárias serviam de modelo para a
divisão e organização nos Estados. A China era dividida em sete
Províncias; a Pérsia antiga, em sete satrapias. De acordo com
uma lenda árabe, sete anjos arrefecem o sol com gelo e neve,
para que ele não queime a Terra reduzindo-a a cinzas e brasas.
Sete mil anjos animam o sol e colocam-no todas as manhãs em
movimento. Os dois rios mais velhos, o Ganges e o Nilo, têm,
cada um, sete desembocaduras. O Oriente tinha na sua
antiguidade sete rios principais (o Nilo, o Tigre, o Eufrates, o
Oxus, o Yaksart, o Arax e o Indo), os sete tesouros famosos,
as sete cidades cheias de ouro, as sete maravilhas do mundo, e
muitíssimos outros exemplos poderíamos colher.
O número sete cumpria um papel igualmente importante na
arquitectura dos templos e palácios. O famoso pagode de
Churingham é rodeado por sete muros quadrados, pintados em sete
cores diferentes, e no meio de cada muro há uma pirâmide de sete
andares; assim como nos tempos antediluvianos o templo de Borsippa (agora Birs-Nimrud) tinha sete plataformas, que
simbolizavam os sete círculos concêntricos das sete esferas,
cada uma construída com peças de cerâmica e metal
correspondentes à cor do planeta regente da esfera simbolizada.
Não só os cristãos antigos, mas também os cristãos modernos
preservaram o número sete e de modo tão sagrado como
sempre foi preservado e, na verdade, poderiam encontrar-se
milhares de exemplos disso. Podemos começar pelo antigo círculo astronómico e religioso dos romanos pagãos, que dividiam a
semana em sete dias e consideravam o sétimo dia como o
mais sagrado, o Sol, o Domingo, ou Dia do Sol de Júpiter, para o
qual todos os povos cristãos - especialmente os protestantes -
fazem homenagens até aos dias de hoje. Se por acaso alguém
disser que não é por causa dos romanos pagãos mas dos judeus
monoteístas que temos o domingo, então por que não é o Sábado, o
verdadeiro sabath, que é tido como dia santo, em lugar do
domingo, o dia do Sol?
No Ramayana (famoso poema único hindu) são mencionados
sete pátios nas residências dos reis hindus e, geralmente, sete
portões levavam aos famosos templos e cidades de antigamente. Os
habitantes de Friesland (região norte dos países Baixos, ou
Holanda) aderiram no século 10 da era cristã estritamente ao
número sete ao dividir as suas Províncias, e insistiam em pagar
sete pfennigs (moeda antiga) de contribuição. O Império
Sacro-Romano e cristão tem sete Kurfursts ou Eleitores.
Os húngaros emigraram sob a liderança de sete duques e fundaram
sete cidades, chamadas Semigradyá (naquela que é agora a Transilvânia). Lisboa, tal como a Roma pagã foi construída em
sete colinas. Constantinopla tinha sete nomes (Bizâncio,
Antonia, Nova Roma, cidade de Constantino, a Separadora das
Partes do Mundo, o Tesouro do Islão, Istambul) e também era
chamada 'a cidade das sete colinas', e é a cidade das sete
torres. Com os muçulmanos, 'ela foi sitiada sete vezes e tomada
depois de sete semanas pelo sétimo dos sultões Osman'.
De acordo com as ideias dos povos orientais, as sete esferas
planetárias são representadas pelos sete anéis usados pelas
mulheres em sete partes do corpo (na cabeça, no pescoço, nas
mãos, nos pés, nas orelhas, no nariz, ao redor da cintura) e
estes sete anéis ou círculos ainda hoje são oferecidos às suas
noivas pelos candidatos orientais. A beleza da mulher consiste,
segundo as canções persas, nos seus sete encantos.
Os sete planetas permanecem sempre à mesma distância
entre si e giram no mesmo sentido. Destes factos surge a ideia
da eterna harmonia do universo. Em função disso o número sete
tornou-se especialmente sagrado para os antigos, e sempre
preservou a sua importância entre os astrólogos. Os
pitagóricos consideravam o algarismo sete como a imagem e o modelo da ordem e da
harmonia divinas na natureza. Era o número que continha duas vezes o número
sagrado três ou 'tríade', ao
qual era somado o 'um' ou a Divina Mónada: 3 + 1 + 3.
Tal como a harmonia da natureza soa no teclado do espaço, entre
os sete planetas, também a harmonia dos sons audíveis ocorre num
plano menor com a escala musical dos sempre recorrentes
sete tons. Daí os sete canudos na syrinx (flauta) do deus Pan
(ou a Natureza) e a proporção gradualmente decrescente das suas
formas, representando a Distância entre os planetas e entre o
último deles e a Terra. Daí também a lira de sete cordas de
Apolo (Apolo era uma divindade solar: sete logoi).
Consistindo numa união entre o número três (o símbolo da tríade
divina para todos os povos, cristãos e pagãos) e o número quatro
(símbolo das forças ou elementos cósmicos), o número sete aponta
simbolicamente para a união da Divindade com o universo, tendo
esta ideia pitagórica sido aplicada pelos cristãos, que usaram
amplamente o número sete no simbolismo da sua arquitectura
sagrada (especialmente durante a idade média). Assim, por
exemplo, a famosa Catedral de colónia e a Igreja
Dominicana em Regensburg mostram este número até nos menores
detalhes arquitectónicos.
Este número místico não tem importância menor no mundo do
intelecto e da filosofia. A Grécia tinha sete sítios, a
idade média cristã tinha sete artes livres (gramática, retórica,
dialética, aritmética, geometria, música, astronomia). O
muçulmano Sheik-ul-Islam convoca sete ulems para todos os
encontros importantes. Na idade média, um voto solene tinha que
ser feito diante de sete testemunhas, e aquele que o assumia era
aspergido sete vezes. As procissões ao redor dos templos eram
feitas sete vezes, e os devotos tinham que ajoelhar-se sete
vezes com sangue antes de pronunciar um voto. Os peregrinos
muçulmanos daí a volta ao redor de Kaaba sete vezes, quando
chegam. Os vasos sagrados eram feitos de ouro e prata
purificados sete vezes. Os locais dos velhos tribunais
alemães eram assinalados com sete árvores, sob as quais eram
colocados sete Schoffers (juízes), que requeriam sete
testemunhas. O criminoso era ameaçado com um castigo séptuplo, e
era exigida uma purificação séptupla, assim como era prometida
uma recompensa séptupla para o virtuoso. Todos sabemos da grande
importância atribuída no Ocidente ao sétimo filho de um o sétimo
filho. Todos os personagens médicos são geralmente descritos
como tendo sete filhos. Na Alemanha, o rei, e posteriormente o
imperador, não podia recusar-se a ser padrinho de um sétimo
filho, ainda que fosse dum mendigo. No Ocidente, ao marcar o
termo dum conflito ou ao assinar um tratado de paz, os
governantes trocam sete, ou quarenta e nove (7 x 7) presentes.
Para tentar citar todas as coisas incluídas neste número
místico, seria necessária uma biblioteca. não encerraremos citando apenas mais alguns factos da área do
demoníaco. De acordo com as autoridades nesses assuntos, o
antigo clero cristão, um contrato com o diabo tinha que ter sete
parágrafos, tinha validade de sete anos e era assinado sete
vezes. Todas as bebidas mágicas preparadas com ajuda do inimigo
da humanidade consistiam em sete ervas.
Ganha aquele bilhete da lotaria que é retirado por uma criança de sete anos. As guerras lendárias duravam sete anos, sete meses
e sete dias e os heróis combatentes são sete, setenta,
setecentos, sete mil e setenta mil. Nos contos de fadas, as
princesas permaneciam sete anos sob o efeito dum feitiço e as
botas do famoso gato (o marquês de Carabas) eram de sete
léguas. Os antigos dividiam o corpo humano em sete partes (a
cabeça, o peito, o estômago, duas Mãos e dois pés) e a vida do
homem era dividida em sete períodos.
Os dentes dum bebé começam a nascer aos sete meses; uma
criança começa a sentar-se após catorze meses (2 x 7);
começa a caminhar depois de vinte e um meses (3 x 7); começa a
falar depois de vinte e oito meses (4 x 7); deixa de mamar no
peito depois de trinta e cinco meses (5 x 7); aos catorze anos
(2 x 7) começa finalmente a formar-se a si mesmo; aos vinte e um
anos (3 x 7) ele deixa de crescer. A altura média do homem,
antes que a humanidade degenerasse, era de sete pés e por essa
razão surgiram as velhas leis ocidentais determinando que os
muros dos jardins deviam ter sete pés de altura. Em Esparta e na
antiga Pérsia a educação dos garotos começava aos sete anos. E
nas religiões cristãs (entre os católicos romanos e os gregos) a
criança não é considerada culpada por qualquer crime até
aos sete anos de idade e esta é a idade indicada para que comece
a confessar-se.
Se os hindus pensarem no seu Manu e no que os velhos Shastras
(em sânscrito, tratados ou livros sobre assuntos divinos e sobre
única) contém, encontrará , sem dúvida, a origem de todo este
simbolismo. Em nenhum lugar o número sete exerceu um
papel tão importante como entre os antigos Árias da Índia. Basta
pensar nos sete sítios (Sapta Rishis); os Sapta Loka, os
sete mundos; os Sapta Pura, as sete cidades sagradas; as Sapta
Dvipa, as sete ilhas sagradas; os Sapta Samudra, os sete mares
sagrados; as Sapta Parvatta, as sete montanhas sagradas; os
Sapta Arania, os sete desertos; as Sapta Vriksha, as sete
árvores sagradas; e assim por diante, para que se veja a
probabilidade da hipótese. Os Árias nunca adoptavam nada de
outra cultura, nem os brâmanes, que eram demasiado orgulhosos e
exclusivistas para o fazer. De onde vem, então, o mistério
e a sacralidade do número sete?
O Céu (ou Paraíso) é parte integrante dum conceito da vida após
a morte que pode ser encontrado em muitas religiões ou
filosofias espirituais e, aqueles que acreditam no Céu,
geralmente consideram que ele (ou o Inferno) constitui o destino
após a vida de muitos ou todos os seres humanos. Em
circunstâncias insólitas, e de acordo com muitos testemunhos e
tradições, alguns seres humanos tiveram conhecimento pessoal do
Céu, presumindo eles que tal lhes ocorreu com o propósito de que
ensinassem à restante humanidade preceitos acerca da vida, do
Céu e de Deus.
A ideia da existência de Sete Céus, em vez de um só, é parte
integrante das tradições judaica, cristã e islâmica, sendo estas
Crenças antiquíssimas. Elas tiveram origem na civilização
Sumária da Mesopotâmia, há mais de sete mil anos, civilização
essa que é a raiz das culturas babilónica e caldeia. Estas, por
sua vez, exerceram uma influência primordial no desenvolvimento
da tradição angélica do próximo Oriente. Tanto os persas quanto
os babilónios acreditavam que as suas divindades habitavam em
diversos céus. Os persas concebiam o Sétimo Céu como a
morada do Criador, onde este se encontrava sentado num trono
enorme, branco, rodeado por querubins. Esta ideia subsiste no
Judaísmo e no Cristianismo.
Algumas fontes, como Enoch, afirmam existirem mais de sete céus.
Segundo Enoch, existem dez Céus (foi no décimo céu que Enoch
teve a visão do rosto de Deus). Por outro lado, o Zohar fala de
trezentos e noventa céus e setenta mil mundos. Além disso,
existe uma lenda hebraica que garante que existem novecentos e
cinquenta e cinco céus. No entanto, tanto as autoridades
eclesiásticas judaicas como as cristão abraçaram o conceito mais
modesto da existência de Sete Céus, cada um dos quais de
uma imensidade prodigiosa.
Em várias religiões principais como o judaísmo, o islamismo e o
hinduísmo, bem como noutras menos difundidas, tais como o
hermetismo e o gnosticismo, existe a tradição de que o universo
pode ser classificado em Sete Céus, Reinos ou Esferas. Segundo
essa Crença, pensa-se que os Sete Céus estão suspensos sobre a
Terra, uns por cima dos outros em esferas concêntricas. A
concepção dos céus não é física, é espiritual, podendo ser
concebidos como estados de consciência ou como outros planos de
existência. Nas religiões abraâmicas (nomeadamente o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo) diz-se que o trono de Deus estão
situado no Sétimo Céu.
Acredita-se hoje que os antigos astrólogos conseguiram
identificar sete corpos celestes principais e que terão
assumido que cada um deles estava contido e flutuava num espaço diferente dos restantes (um céu exclusivo para cada um destes: a
Lua, Mercúrio, Vénus, o Sol, Marte, Júpiter e Saturno, em
concordância com a astrologia árabe). Em referências bíblicas, o
número sete representa simbolicamente a completude perfeita,
como nos sete dias da semana, nos sete olhos e chifres do
Cordeiro de Deus (no Apocalipse), na sétima geração de Adão
(desde Lamech, que era inteiramente perverso, até Enoque, que
acompanhou Deus).
De acordo com os ensinamentos judaicos contidos no
Talmude, o universo é composto por sete céus: Vilon (וילון),
ver Isaías 40:22; Raki'a (רקיע),
ver Genesis 1:17; Shehaqim (שחקים),
ver Salmos 78:23; Zebul (זבול),
ver Isaías 63:15 e I Reis 8:13; Ma'on (מעון),
ver Deuterério 26:15 e Salmos 42:9; Machon (מכון),
ver I Reis 7:30, Deuterério 28:12; Araboth (ערבות),
o Sétimo Céu, onde residem os Ofanins (ou Tronos na mitologia
cristão e os Hayyoth (ou Serafins na mitologia cristão. A
literatura Judaica Merkabah e Heichalot tem discutido detalhes
destes céus, algumas vezes conectada às tradições relacionadas
com Enoque, como o Terceiro Livro de Enoque.
No islamismo também são enumerados sete céus: Rafi' (رفیع),
o mais baixo (السماء
الدنیا); Qaydum (قیدوم);
Marum (ماروم);
Arfalun (أرفلون);
Hay'oun (هيعون);
Arous (عروس);
Ajma' (عجماء),
o Sétimo Céu, o mais elevado dos céus.
No hinduísmo consideram-se igualmente sete céus:
Bhoor-Loka (भूर्लोक),
que corresponde à Terra; Bhuvar-Loka (भुवर्लोक);
Svar-Loka (स्वर्लोक);
Mahar-Loka (महर्लोक);
Jana-Loka (जनलोक);
Tapa-Loka (तपलोक);
Satya-Loka (सत्यलोक),
também conhecido como Vaikuntha, o Sétimo Céu, onde reside Deus,
Vishnu. Também são considerados sete níveis de submundos,
conhecidos como Patalas (em sanscrito:
पाताल): Atala (अतल),
Vitala (वितल),
Sutala (सुतल),
Rasaatala (रसातल),
Talataala (तलातल),
Mahaatala (महातल),
Patala (पाताल).
Como referi na entrada deste artigo, e como de resto, já foi
aqui exposto, na cultura judaico-cristã em boa parte das
Crenças muçulmanas e também os Persas e os Babilónios,
assumia-se a existência de sete céus[ii],
nos quais habitavam as suas deidades. Os persas em particular
concebiam o Sétimo Céu como a morada do Criador que
ficava ali sentado num imenso trono branco cercado de Querubins.
Dizem, resumidamente, que os sete céus estão suspensos sobre a
terra, um sobre o outro, em esferas concêntricas e a sua
constituição não é física mas sim espiritual, e podem ser
concebidos como estados de consciência ou como outros planos de
existência. Vamos então concluir este estudo dando uma olhada
sumária à distribuição desses sete referidos céus:
1º Céu - É o mais baixo da hierarquia e é como que uma espécie
de cortina que oculta os planetas e as estrelas durante o dia.
Durante a noite os anjos 'puxam' as cortinas para revelar a imensidão do universo e o primeiro céu. Neste conceito, o ser
humano somente pode perceber parte do primeiro céu e do
universo, uma vez que este oculta os outros seis céus. O seu
nome em hebraico é Shamain, ou Ylon, e o seu príncipe regente é Sidriel. Mas outras autoridades acreditam que este céu
é regido por Gabriel e que é aqui que se encontram todas as
estrelas e que cada uma delas possui o seu anjo guardião. Este
primeiro céu foi a morada de Adão e Eva e foi onde Enoque viu os
200 anjos que regem as estrelas. No Apocalipse de São Paulo esta
região é chamada a terra prometida e é descrita como: 'Agora,
cada árvore produz doze colheitas por ano e tem diversas e
variadas frutas e eu vi naquele lugar toda a obra de Deus e vi lá palmeiras de vinte côvados e outras de dez côvados, e a terra
era sete vezes mais brilhante do que a prata.' Os habitantes
deste mundo são descendentes de Adão, onde se diz que
andava aborrecido e triste, mas pouco se sabe sobre ele.
2º Céu - O seu nome em hebraico é Rakia e o seu príncipe regente é Barachiel. Outras autoridades dizem que este
céu é
regido por Rafael e Zarakiel. De acordo com a tradição muçulmana é aqui que se encontra Jesus e
São João Batista. De acordo com a
tradição Judia, o segundo céu é onde estão aprisionados os anjos caídos que pecaram contra o criador. várias moradas dos anjos
escuros encontram-se noutros céus em áreas especialmente
separadas para eles. Numa área separada deste céu também estão
presos os anjos que tiveram relações proibidas com as mulheres e
dizem que são açoitados diariamente por esse pecado.
3º Céu - O seu nome em hebraico é Shehakim e o seu
príncipe regente, para alguns autores é Baradiele e para outros é Anael, e é no terceiro
céu que os anjos guardam e produzem
grandes quantidades de Maná que é o alimento celestial que Deus
enviou aos judeus durante a travessia pelo deserto. O Maná é
também o sustento das almas santificadas. Nas regiões norte
deste céu encontra-se o inferno (esta área está repleta de
monstros de aparências horríveis) e um dos comentários rabínicos
sobre o salmo 90 diz-nos que o paraíso está à direita de Deus e
o inferno à sua esquerda. Segundo o patriarca Enoque, o paraíso
com a árvore da vida encontra-se no terceiro céu e, quando Deus
visita este céu, senta-se debaixo da sombra da árvore para
descansar. Entre os príncipes regentes do paraíso estão Miguel,
Gabriel, Zotchiel, Zefon, Jorriél e Azarael, que é um dos anjos
da morte.
4º Céu - O seu nome em hebraico é Mashonon, Machanon, ou
Machen e os seus príncipes regentes são Zahakiel e Miguel. O
quarto céu 'é o local da Jerusalém celeste, o templo sagrado e o
seu altar' (Godwin, p. 122). É aqui que, de acordo com Enoch, que na verdade se
encontra o Jardim do Éden, não no terceiro
céu. Diz-se ser a casa na cidade de Cristo e é a sede natural
dos anjos. O Apocalipse de são Paulo descreve-o como: 'Era de
ouro, rodeado por 12 muros e houve lá 12 paredes internas.
Havia 12 portões de grande beleza no perímetro da cidade e quatro rios o
cercavam. Havia um rio de mel e um rio de leite e um rio de vinho e um rio de óleo.'. Este mundo tem dois sóis e
é
muito árido. As suas cidades são ricas e maravilhosas, mas os
moradores estão sempre à procura duma fonte de água
subterrânea, pelo que se diz que essas pessoas têm como
característica serem justas e estão cheias de fé espiritual.
5º Céu - O seu nome em hebraico é Matehi e o seu príncipe regente é Zadkiel, ou Zandalfon, que, segundo a cabala rege a
Terra e é mundialmente conhecido como 'o Anjo das Lágrimas'.
Numa área separada deste céu encontram-se outros anjos caídos,
entre eles os grigóries ou guardiães das torres. Os oatalies
estão na região do norte e, de acordo com a lenda, vários dos
grigórie, juntamente com o seu regente Salamiel, foram castigados por terem
renegado o criador. No 5º céu também se
encontra o anjo da vingança e é no quinto céu que os coros
angelicais cantam à noite a glória do senhor.
6º Céu - O seu nome em hebraico é Zebuth e o seu príncipe
regente é Gabriel e Zadkiel. É neste céu que se guardam todos os infortúnios da humanidade, tais como furacões, pragas,
terramotos e outros fenómenos da natureza reconhecidos como
tendo origem divina. É neste céu a que habita o anjo guardião do céu e da terra, o qual
é formado por neve e por fogo, segundo os muçulmanos.
7º Céu - O seu nome em hebraico é Araboth e o seu
príncipe regente é Miguel. Outras autoridades dizem que é regido
por Cassiel. No Sétimo Céu encontra-se a morada de Deus e dos
Espíritos dos seres humanos que ainda não nasceram, é a morada
dos querubins e das potências e do anjo Zaquiel, príncipe da lei
divina. O Sétimo Céu é o mais santo dos santos do céu. Araboth é
regido pelo Arcanjo Cassiel e é a casa de Deus e o seu Divino
Trono é também a morada das almas humanas que aguardam por
nascer. é também o lar do maior número de ordens de anjos -
Serafins, Querubins e Tronos. É no 7º céu, que Isaías tem uma
visão de Deus e do Cristo e 'ouve das alturas ser ditada a maioria do seu
programa (Cristos manifestação terrena) e retorno.' A Terra
deste Sétimo Céu é um mundo com uma forma muito parecida com a
da Terra, tendo colinas, montanhas, vales e planícies. Aqui
jazem 365 tipos diferentes de criaturas bizarras. Essas
criaturas variam entre terem duas cabeças e terem vários corpos,
mas são consideradas justas, sendo consideradas bastante
superiores e têm vida aquática, Além de que têm a capacidade única de prolongar a vida ou trazer os mortos de volta
à vida.
Fontes bibliográficas principais:
MELVILLE, Francis - The Book of Angels. 1ª edição, New York, USA: Barron's Educational Series, 2001.
ISBN-10: 0764154036. ISBN-13: 978-0764154034. (O Livro
dos Anjos. Lisboa: Dinalivro, 2004. ISBN: 9789725762707.).
GONZÁLEZ-WIPPLER, Migene - Angelorum: el libro de los ângeles.
1ª edição, Woodbury, USA: Llewellyn Espanol, 1999. ISBN-10:
1567183956. ISBN-13: 978-1567183955. (O Grande Livro Dos
Anjos. Rio de Mouros: Livros de Vida Editores, 2000. ISBN:
9789727600687.).
[i] Elena Petrovna Blavatskaya (em russo Елена Петровна Блаватская), nasceu em Ekaterinoslav, no Império Russo, actualmente na Ucrânia, a 12 de Agosto de 1831 no Calendário gregoriano (ou seja, a 30 ou 31 de Julho de 1831 no antigo calendário juliano) e faleceu em Londres, a 8 de Maio de 1891. Mais conhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, foi uma prolífica escritora, filósofa e teóloga da Rússia, responsável pela sistematização da moderna Teosofia e co-fundadora da Sociedade Teosófica (a Sociedade Teosófica (S.T.) surgiu a partir de uma primeira reunião em 7 de Setembro de 1875, na cidade de Nova Iorque, e teve a sua primeira acta lavrada no dia seguinte, tendo como principais fundadores Helena Blavatsky, o coronel Henry Olcott, indicado como seu primeiro presidente, e William Judge, primeiro secretário, num total de 16 membros fundadores. O discurso inaugural foi realizado pelo Presidente fundador Olcott em 17 de Novembro de 1875, data que é considerada oficial da fundação da S.T.).
[ii] Outras autoridades, como Enoque, dizem-nos que existem mais que 7 céus. Segundo Enoque, que visitou as mansões celestiais numa visão apocalíptica, existem 10 céus. Existe uma lenda hebraica que assegura que existem 955 céus (é um não mais acabar de céus)…
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